24 de novembro de 2009



A infância vista à luz dos Direitos da Criança

Artigo de Andreia Lobo: site http://www.educare.pt/ 20/11/2009

Celebrou-se no dia 20/11/2009 os vinte anos da Convenção sobre os Direitos da Criança, assinada pelas Nações Unidas a 20 de Novembro de 1989. Mas qual o seu verdadeiro impacto na melhoria das condições de vida das crianças de todo o mundo?
"Muito foi alcançado...", escreve Ann M. Veneman, directora-executiva da Unicef, num relatório especial sobre a "Situação Mundial da Infância", divulgado ontem. Os progressos passam por várias vertentes: saúde, protecção, participação na sociedade e educação. E mostram-se em alguns factos reconfortantes.
Em 1990, 12 500 milhões de crianças morreram antes de completar os cinco anos, mas em 2008 esse número desceu para menos de 9 milhões.
Cresceu a importância dada à amamentação durante os primeiros seis meses de vida.
O fornecimento de micronutrientes (traduzido em duas doses de vitamina A) a crianças dos países em vias de desenvolvimento aumentou de 16% para 62% desde 1999.
Aumentou ainda a imunização na infância com a vacina tripla contra o tétano, coqueluche e difteria, de 75% em 1990, para 81% em 2007.
Na prevenção contra a malária, tem-se generalizado o uso de insecticida e de redes mosquiteiras para proteger menores de cinco anos.
A incidência do vírus HIV diminuiu entre mulheres de 15-24 anos grávidas, em pelo menos 14 dos 17 países estudados pela Unicef, e na África subsariana aumentam os cuidados prestados a crianças com menos de 15 anos infectadas com HIV.
Já na educação, de forma global, o número de crianças fora da escola desceu de 115 milhões em 2002, para 101 milhões em 2007.
Cerca de 90% das crianças dos países em vias de desenvolvimento completaram o Ensino Primário em 2000-2007, enquanto diminuiu a disparidade entre géneros no acesso à educação.
Ainda assim, "a agenda sobre os Direitos das Crianças está muito longe de estar completa", conclui Ann M. Veneman. Até porque o outro lado destes indicadores mostra o que ainda falta alcançar.
Na área da saúde, 22 milhões de bebés não estão vacinados contra doenças facilmente combatidas através da imunização de rotina.
E, por todo o mundo, 8800 milhões de crianças morre antes de completar os cinco anos, enquanto dois milhões de crianças até aos 15 anos, morre com HIV.
Ao nível da protecção de crianças e jovens os desafios não são menores.
Existem entre 500 milhões a 1500 mil milhões de crianças afectadas pela violência.
E 150 milhões de crianças com idades entre os 5 e os 14 anos estão envolvidas em trabalho infantil.
Cerca de 51 milhões de crianças não são registadas à nascença e, portanto, legalmente não existem.
Mais de mil milhões de crianças vivem em zonas onde existem conflitos armados, entre estes, 300 milhões têm menos de cinco anos.
Por ano, são traficadas 1200 milhões de crianças e mais de um milhão estão detidas em processos judiciais.
A Unicef chama ainda a atenção para as crianças cujos pais são imigrantes ilegais, por constituírem um grupo em cujo risco de exploração e tráfico é maior devido à falta de serviços de apoio legais.
Entre as crianças do sexo feminino são alarmantes os dados relativos à prática da mutilação genital, 70 milhões de mulheres e jovens de 29 países sofreram esta prática, em muitos casos já ilegalizada.
Mais de 64 milhões de mulheres com idades entre os 20 e os 24, a viverem em países em vias de desenvolvimento, reportaram ter sido casadas antes de completarem 18 anos.
Mesmo nos países desenvolvidos estima-se que, por falta de acesso ao ensino pré-escolar, 200 milhões de crianças com menos de cinco anos corram o risco de não desenvolverem todo o seu potencial humano, devido à pobreza em que vivem e à resultante falta de estímulos ao seu ideal crescimento.
O trabalho infantil e o tráfico de crianças são também preocupantes nos países industrializados. Estima-se que, anualmente, cerca de 4% destas crianças sofram abusos físicos e uma em cada dez seja negligenciada ou abusada psicologicamente.
(Ler mais AQUI )

Ideias para o Natal


Pelo 2º ano consecutivo, já fiz a minha encomenda em nome das crianças da minha família.




:)

Ideias para o Natal

Um boneco que pode ser mesmo a tua cara!

13 de outubro de 2009

Ranking escolas 2009

Segundo dados divulgados pelo Ministério da Educação tendo por base os resultados dos exames nacionais de 2009, verifica-se que o ensino privado continua a liderar o ranking das melhores escolas.
(...)
No que refere às disciplinas com piores resultados, Física e Química e em Biologia e Geologia, são as que têm notas mais baixas em exames.Espanhol obteve a melhor média, seguida de Matemática A, cadeira que habitualmente apresenta maus resultados, mas que este ano regista uma média de 13,95.
Ler mais:

7 de outubro de 2009

Cyberbulling



Se pensa que o seu filho, pelo facto de estar no quarto a jogar computador, está protegido de perigos, então o melhor é ler este artigo.

"Keeley Houghton, uma adolescente britânica de 18 anos, foi a primeira pessoa a ser presa na Inglaterra por cyberbullying - prática agressiva e repetitiva contra uma pessoa através de meios electrónicos.Na rede social Facebook, Keeley ameaçou de morte a sua colega de escola Emily Moore - que já sofria intimidações no colégio há cerca de quatro anos, informou o jornal Daily Mail. Keeley já tinha duas condenações relacionadas com Emily na sua ficha policial. Em 2005, agrediu a colega quando ela regressava a casa após uma aula e em 2007 foi condenada por dar um pontapé na porta da residência da vítima. Em resultado do cyberbullying deverá cumprir três meses de pena numa instituição para menores.Na sentença, o juiz distrital Bruce Morgan afirmou que desde que Emily Moore tinha 14 anos, Keeley tem usado de ameaças e violentos abusos contra ela. Valentões são cobardes por natureza, na escola e na sociedade. O problema é que os efeitos odiosos dessas agressões permanecem por toda a vida.

Se no passado os nossos pais nos alertavam para os perigos de falar com estranhos na rua, os pais de hoje têm de alertar os filhos para os perigos de comunicar com estranhos nas avenidas da Internet. O perigo vive dentro de portas, mesmo na ausência de qualquer intruso visível. Se pensa que o seu filho, pelo facto de estar no quarto a jogar computador, está protegido de perigos, então o melhor é continuar a ler este artigo. Na verdade, apesar de fisicamente estar no quarto, a internet tem o poder de o colocar virtualmente em qualquer lugar. Ele pode estar num chat com amigos ou estranhos, num site de pornografia, na sala de jogos de um casino online, a trocar os seus dados pessoais com alguém que, sendo desconhecido, ele pensa conhecer bem. Pensar seriamente nestes novos perigos é assustador; por isso torna-se urgente sensibilizar o máximo de pessoas para estas questões. O fenómeno cyberbullying é apenas mais um perigo associado ao uso indevido da Internet. Este fenómeno, que tudo indica estar em franco crescimento, consiste na prática de bullying usando as tecnologias da informação. O cyberbullying pode, assim, ser definido como um conjunto de ameaças e intimidações feitas via Internet (via sites, blogs), redes sociais (tipo orkut, twitter, facebook), instant messaging (msn, skype, gtalk), etc., por um indivíduo ou um grupo, com a intenção de prejudicar outrem. Este fenómeno é tão grave que pode mesmo provocar a morte da vítima. Nos Estados Unidos, uma jovem de 13 anos suicidou-se na sequência do abuso emocional resultante de um processo de cyberbullying. O que fazer com esta informação? Em primeiro lugar deve inquietar-se e convencer-se de que o seu filho poderá ser a próxima vítima. Em segundo lugar, deverá informar-se melhor sobre os riscos associados ao uso indevido da net. Os sites que irei mencionar no fim do artigo poderão ser ajudas preciosas. Em terceiro lugar, depois de devidamente informado, fale abertamente com o seu filho sobre os riscos associados ao uso das novas tecnologias e as estratégias mais adequadas para que este se possa proteger. Uma visita conjunta de pais e filhos aos sites que abordam estas questões poderá ser uma boa estratégia. Não chega dizer "Tem cuidado." É importante definir medidas concretas que coloquem a milhas de distância os mal-intencionados, aqueles que com a máscara do anonimato podem causar danos graves e irreversíveis! Para terminar gostaria de sublinhar que a resolução deste tipo de problemas não deve passar pela proibição da utilização da net, que também tem muitas vantagens, mas pela informação e diálogo com os filhos, pelo estabelecimento de regras e respectiva supervisão.

Referência (adicionadas a este blog):

Artigo retirado do site: www.educare.pt

6 de outubro de 2009

Guloseimas potenciam violência


Comer guloseimas todos os dias, na infância, aumenta as probabilidades de comportamentos violentos na idade adulta.

Investigadores da Universidade de Cardiff, no reino Unido, realizaram o primeiro estudo que procura relacionar os hábitos alimentares na infância com a violência mais tarde na vida. Concluiram que as crianças de dez anos que consomem guloseimas numa base diária vêem aumentadas de forma significativa as suas hipóteses de se revelarem adultos violentos, aos 34 anos.


(...) Os autores do estudo avançam várias explicações: estas crianças cresceram sem terem aprendido a esperar por alguma coisa que querem muito ou por uma recompensa. Ou talvez as guloseimas as tenham tornado dependentes de certos aditivos.
Mas há especialistas que explicam o resultado do estudo de outra forma: as crianças que comem doces todos os dias são provavelmente as crianças mais difíceis - essa pode ser uma forma de os pais ou quem cuida delas tentar melhor ou contornar o seu mau comportamento ou impetuosidade.
(...) O estudo foi divulgado no British Journal of Psychiatry.

28 de setembro de 2009

Lei na Europa e em Portugal não exige a melhor protecção para crianças com menos de 4 anos


"A legislação europeia dá informação de alguma forma enganosa para o consumidor, pois dá a ideia de que tanto faz transportar a criança voltada para trás ou para a frente depois dos 9 kg (geralmente 8 a 9 meses), quando a comunidade técnica internacional é unânime na afirmação de que é mais seguro viajar virado para trás até aos 4 anos”, alerta Helena Cardoso de Menezes, consultora em segurança infantil da APSI e também da ANEC neste Estudo.

(...)

Há muitos anos que as crianças nórdicas usam cadeirinhas voltadas para trás até aos 4 anos, e a Suécia é o país com a mais baixa taxa de mortalidade do mundo, nessas idades, em acidentes rodoviários. Mas no resto da Europa e em Portugal, esse tipo de cadeiras para crianças mais velhas é difícil de encontrar.

(...)

As cadeirinhas voltadas para trás salvam a vida de 9 em cada 10 crianças, em caso de acidente. Mas, em Portugal, são muito raras as crianças com mais de 12 meses que viajam com o nível de protecção ideal apesar de ser reconhecida a importância de continuar a usar a cadeirinha voltada para trás até aos 4 anos para proteger eficazmente a cabeça e o pescoço frágil das crianças.

Ler mais: APSI
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