7 de outubro de 2009

Cyberbulling



Se pensa que o seu filho, pelo facto de estar no quarto a jogar computador, está protegido de perigos, então o melhor é ler este artigo.

"Keeley Houghton, uma adolescente britânica de 18 anos, foi a primeira pessoa a ser presa na Inglaterra por cyberbullying - prática agressiva e repetitiva contra uma pessoa através de meios electrónicos.Na rede social Facebook, Keeley ameaçou de morte a sua colega de escola Emily Moore - que já sofria intimidações no colégio há cerca de quatro anos, informou o jornal Daily Mail. Keeley já tinha duas condenações relacionadas com Emily na sua ficha policial. Em 2005, agrediu a colega quando ela regressava a casa após uma aula e em 2007 foi condenada por dar um pontapé na porta da residência da vítima. Em resultado do cyberbullying deverá cumprir três meses de pena numa instituição para menores.Na sentença, o juiz distrital Bruce Morgan afirmou que desde que Emily Moore tinha 14 anos, Keeley tem usado de ameaças e violentos abusos contra ela. Valentões são cobardes por natureza, na escola e na sociedade. O problema é que os efeitos odiosos dessas agressões permanecem por toda a vida.

Se no passado os nossos pais nos alertavam para os perigos de falar com estranhos na rua, os pais de hoje têm de alertar os filhos para os perigos de comunicar com estranhos nas avenidas da Internet. O perigo vive dentro de portas, mesmo na ausência de qualquer intruso visível. Se pensa que o seu filho, pelo facto de estar no quarto a jogar computador, está protegido de perigos, então o melhor é continuar a ler este artigo. Na verdade, apesar de fisicamente estar no quarto, a internet tem o poder de o colocar virtualmente em qualquer lugar. Ele pode estar num chat com amigos ou estranhos, num site de pornografia, na sala de jogos de um casino online, a trocar os seus dados pessoais com alguém que, sendo desconhecido, ele pensa conhecer bem. Pensar seriamente nestes novos perigos é assustador; por isso torna-se urgente sensibilizar o máximo de pessoas para estas questões. O fenómeno cyberbullying é apenas mais um perigo associado ao uso indevido da Internet. Este fenómeno, que tudo indica estar em franco crescimento, consiste na prática de bullying usando as tecnologias da informação. O cyberbullying pode, assim, ser definido como um conjunto de ameaças e intimidações feitas via Internet (via sites, blogs), redes sociais (tipo orkut, twitter, facebook), instant messaging (msn, skype, gtalk), etc., por um indivíduo ou um grupo, com a intenção de prejudicar outrem. Este fenómeno é tão grave que pode mesmo provocar a morte da vítima. Nos Estados Unidos, uma jovem de 13 anos suicidou-se na sequência do abuso emocional resultante de um processo de cyberbullying. O que fazer com esta informação? Em primeiro lugar deve inquietar-se e convencer-se de que o seu filho poderá ser a próxima vítima. Em segundo lugar, deverá informar-se melhor sobre os riscos associados ao uso indevido da net. Os sites que irei mencionar no fim do artigo poderão ser ajudas preciosas. Em terceiro lugar, depois de devidamente informado, fale abertamente com o seu filho sobre os riscos associados ao uso das novas tecnologias e as estratégias mais adequadas para que este se possa proteger. Uma visita conjunta de pais e filhos aos sites que abordam estas questões poderá ser uma boa estratégia. Não chega dizer "Tem cuidado." É importante definir medidas concretas que coloquem a milhas de distância os mal-intencionados, aqueles que com a máscara do anonimato podem causar danos graves e irreversíveis! Para terminar gostaria de sublinhar que a resolução deste tipo de problemas não deve passar pela proibição da utilização da net, que também tem muitas vantagens, mas pela informação e diálogo com os filhos, pelo estabelecimento de regras e respectiva supervisão.

Referência (adicionadas a este blog):

Artigo retirado do site: www.educare.pt

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